segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO.





“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele...” (Provérbio 22:6).

“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” – (João 14:6).

A boa ou má educação de um ser humano começa ainda na vida uterina. Psicólogos, educadores e especialistas de aconselhamento familiar comungam a tese de que a boa ou má educação de um ser humano começa na vida uterina. Ao final da oitava semana de gravidez o estágio embrionário se encerra para dar início à fase fetal. Nessa fase as características físicas já estão completas e o ventre materno hospeda de fato e de verdade um novo ser humano com apenas 8 centímetro de comprimento que absorve da mãe alimento, sentimentos e emoções.

Além destes três ingredientes imprescindíveis para o desenvolvimento saudável deste novo ser, a triunidade formada pela mãe, filho(a) e o pai caminharão juntos para jornada educacional. O que a mãe sente, e o que pai e mãe dizem para este novo ser, ele absorve.

Entre o 7º e o 9º mês de gravidez esse ser humano vai mudar de moradia ao ser expelido, por força da natureza, do seu espaço único para dividir com muitos o macro espaço do mundo-cão. Neste momento, o primeiro choro é um aviso de que “eu cheguei, eu quero comer, eu não sou uma tábula rasa, eu já aprendi alguma coisa!”

Começa aqui a primeira fase da educação extra-uterina, a mais importante da vida humana que se estende até aos seis anos de idade, chamada academicamente de educação infantil. Aqui os pais, especialmente os pais, são responsáveis pelo desenvolvimento da criança em suas necessidades físicas, psicológicas, intelectuais e sociais. Agora, giripoca está piando com o peso da imensa responsabilidade!

Como a responsabilidade de educar não é da escola ou da igreja, estas apenas complementam, mas dos pais abarrotada de privilégio desta nobre missão, o sábio Salomão orienta os pais sobre a matriz curricular: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele...” A matriz é o caminho, o caminho é Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

A orientação está dada, a matriz foi indicada, mas para o processo de uma boa educação precisa-se atentar para três passos importantes.

O primeiro é compromisso. Um dos graves problemas que presenciamos na família e, por conseguinte na sociedade, se identifica como “omissão”. Pais omissos, filhos problemáticos. A semente da omissão resulta em frutos funestos a curto, médio e longo prazo.

O segundo é fazer da matriz, também o local da educação. A didática pode ser adaptável com diálogos, conselhos e, até, umas palmadinhas, mas há que se ensinar o caminho no caminho. Ensinar “no” caminho é totalmente diferente de ensinar “o” caminho. Orientar a criança no caminho é se colocar ao lado dela durante a trajetória. É viver aquilo que está ensinando de tal forma que os atos se tornem por si em ensinamentos persuasivos.

O terceiro é conseqüência do primeiro e do segundo – a durabilidade do processo ensino-aprendiagem da matriz por excelência.  “E ainda quando for velho, não se desviará dele”.  Por que razão não se desviará? Porque foi colocada base de sustentação no alicerce de sua existência. Estive em São Luiz do Maranhão em 2011, onde estarei pelo consentimento de Deus para o aniversário do meu neto Davi, no próximo dia 03 de novembro. Ao visitar a cidade história daquela linda capital, observei prédios centenários construídos pelos portugueses no tempo do Brasil colônia e fiquei absorto em ver a maioria em perfeito estado, ostentando sua imponência como que ignorando o tempo. Sabe por quê? Pelo fato de ter sido elaborado um bom alicerce de sustentação. Este é o segredo para permanecer e este é o princípio que deve ser usado na educação da criança.

Ensina a criança no Caminho!!!

Prof. Carlos.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

RIO GUAPORÉ, BELEZA E BERÇO DA HISTÓRIA DE RONDÔNIA!



  Nos contrafortes da Serra dos Parecís (MT), nasce esse gigante formoso que no oeste do Brasil faz divisa com a Bolívia, com uma extensão de 1.716 km, até sua desembocadura no Rio Mamoré. Fica em 74º lugar entre os ranking dos maiores rios do mundo. O trecho navegável é de aproximadamente 1.400 km, desde Vila Bela de Santíssima Trindade, a primeira capital do Mato Grosso, à sua foz.
Recheado de singular riqueza e beleza em biodiversidade e em exuberância natural constitui-se numa zona de transição entre o Pantanal mato-grossense e a Amazônia. Nas águas do Guaporé singram com regularidade embarcações brasileiras e bolivianas perpetuadas por uma harmonia que remonta desde o século XIX quando o látex ganha notoriedade no mundo e o Vale do Guaporé se destaca como um riquíssimo celeiro com seus inúmeros seringais.
Bem no inicio do século XX, o Brasil usufruía de duas importantes divisas econômicas: o café no centro-sul, em especial em São Paulo, e a borracha na Amazônia. Nestas paragens guaporeanas a preocupação do governo brasileiro e boliviano, era a exploração e exportação do látex. Rondônia, com suas rodovias, não existia sequer em projetos quando tais governos fizeram acordo de criar uma passagem a partir do Rio Guaporé, seguindo pelo Rio Mamoré, continuando pelo Rio Madeira, deste pelo Rio Amazonas até o Oceano Atlântico para distribuir a borracha proveniente das matas bolivianas e brasileiras.
Foi a partir dessa necessidade que através do Tratado de Petrópolis houve o acordo de em troca da posse do território boliviano, hoje Estado do Acre, o Brasil construir a Estrada de Ferro Madeira Mamoré para desviar do trecho encachoeirado do Madeira que impossibilitava o traslado por via marítima naquele perímetro. Porto Velho Nasceu das instalações da “Madeira-Mamoré Railway” e Guajará-Mirim nasceu da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1912, data de fundação daquela pioneira cidade rondoniense.
Na verdade, tudo começa no rincão rondoniense com a instrumentalidade deste gigante. Afirmar que o Rio Guaporé é o berço da história do Estado de Rondônia não é presunção, é fazer justiça a um fato não lembrado.

Como que indiferente ao tempo, o Rio Guaporé permaneceu belo com suas águas escuras, puras, cristalinas, rico em biodiversidade e com inegável exuberância natural. No período da cheia, que também é período das chuvas, o rio inunda territórios e baias e fica embelezado pela vegetação aquática que juntas formam “ilhas” em quantidade consideráveis. As águas avançam às margens e se acostam aos paredões de terras dando a impressão ao longe que a floresta emerge das águas.
No período da seca surgem as praias com suas dunas encantadoras propícias para acampamentos onde todos os anos a comunidade local e de outros lugares acorrem instalando suas barracas. Nesta época dá-se o festival de praia na Resex do Curralinho, uma das maiores atrações turísticas do Guaporé. A praia fica tomada por barracas de abrigos e barracas comerciais onde se oferecem refeições com pratos típicos do local e exposições de veículos motorizados terrestres e marítimos, bem como exposições de artesanatos da região. Dá-se, também, o campeonato de pesca e entre as belas garotas acontece o desfile para a escolha da garota praia, recheando, assim, o organograma das atividades do festival.
Na biodiversidade, o Rio Guaporé é rico em espécies de peixes como o tucunaré, pintado, surubim, tambaqui, jaraqui, pirarara filhote, entre outras.  Suas matas ciliares oferecem condições propicias para procriação da fauna com suas variadas espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves.
O Rio Guaporé é imensamente convidativo para a pesca esportiva e para inesquecíveis passeios de barcos com suas imagens fascinantes da fauna e da flora regional.
Este gigante é, sem dúvidas, uma das grandes belezas reunida a tantas outras pela instrumentalidade do arquiteto do universo!!!
Prof. Carlos Alberto.