“Ensina
a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se
desviará dele...” (Provérbio 22:6).
“Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” – (João
14:6).
A boa ou má educação de um ser humano começa ainda
na vida uterina. Psicólogos, educadores e especialistas de aconselhamento
familiar comungam a tese de que a boa ou má educação de um ser humano começa na
vida uterina. Ao final da oitava semana de gravidez o estágio embrionário se
encerra para dar início à fase fetal. Nessa fase as características físicas já
estão completas e o ventre materno hospeda de fato e de verdade um novo ser
humano com apenas 8 centímetro de comprimento que absorve da mãe alimento,
sentimentos e emoções.
Além destes três ingredientes imprescindíveis
para o desenvolvimento saudável deste novo ser, a triunidade formada pela mãe,
filho(a) e o pai caminharão juntos para jornada educacional. O que a mãe sente,
e o que pai e mãe dizem para este novo ser, ele absorve.
Entre o 7º e o 9º mês de gravidez esse ser
humano vai mudar de moradia ao ser expelido, por força da natureza, do seu
espaço único para dividir com muitos o macro espaço do mundo-cão. Neste
momento, o primeiro choro é um aviso de que “eu cheguei, eu quero comer, eu não
sou uma tábula rasa, eu já aprendi alguma coisa!”
Começa aqui a primeira fase da educação
extra-uterina, a mais importante da vida humana que se estende até aos seis
anos de idade, chamada academicamente de educação infantil. Aqui os pais,
especialmente os pais, são responsáveis pelo desenvolvimento da criança em suas
necessidades físicas, psicológicas, intelectuais e sociais. Agora, giripoca
está piando com o peso da imensa responsabilidade!
Como a responsabilidade de educar não é da
escola ou da igreja, estas apenas complementam, mas dos pais abarrotada de
privilégio desta nobre missão, o sábio Salomão orienta os pais sobre a matriz
curricular: “Ensina a criança no caminho
em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele...” A
matriz é o caminho, o caminho é Jesus: “Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”.
A orientação está dada, a matriz foi
indicada, mas para o processo de uma boa educação precisa-se atentar para três
passos importantes.
O
primeiro é compromisso.
Um dos
graves problemas que presenciamos na família e, por conseguinte na sociedade,
se identifica como “omissão”. Pais omissos, filhos problemáticos. A semente da
omissão resulta em frutos funestos a curto, médio e longo prazo.
O
segundo é fazer da matriz, também o local da educação. A didática pode ser
adaptável com diálogos, conselhos e, até, umas palmadinhas, mas há que se ensinar
o caminho no caminho. Ensinar “no”
caminho é totalmente diferente de ensinar “o”
caminho. Orientar a criança no caminho é se colocar ao lado dela durante a
trajetória. É viver aquilo que está ensinando de tal forma que os atos se
tornem por si em ensinamentos persuasivos.
O
terceiro é conseqüência do primeiro e do segundo – a durabilidade do processo
ensino-aprendiagem da matriz por excelência. “E ainda quando for velho, não se desviará dele”. Por que razão não se desviará? Porque foi
colocada base de sustentação no alicerce de sua existência. Estive em São Luiz
do Maranhão em 2011, onde estarei pelo consentimento de Deus para o aniversário
do meu neto Davi, no próximo dia 03 de novembro. Ao visitar a cidade história
daquela linda capital, observei prédios centenários construídos pelos
portugueses no tempo do Brasil colônia e fiquei absorto em ver a maioria em
perfeito estado, ostentando sua imponência como que ignorando o tempo. Sabe por quê? Pelo
fato de ter sido elaborado um bom alicerce de sustentação. Este é o segredo
para permanecer e este é o princípio que deve ser usado na educação da criança.
Ensina a criança no Caminho!!!
Prof. Carlos.