O texto “E que tal um dia sem Estado”
do professor Luciano Feldens, que li na plataforma do curso Educação Fiscal, foca
a desigualdade social brasileira do ponto de vista econômico. Realmente num
país capitalista o dinheiro é a mola propulsora, é o dínamo, é a combustão que
atende as necessidades da máquina chamada sociedade porque é o dinheiro que
paga a funcionalidade dos serviços públicos. Dentro dessa ótica, diríamos que a
redução das desigualdades sociais dar-se-ia com políticas públicas para reduzir
a pobreza; com justa distribuição de renda; com aplicação correta dos recursos
destinados para atender as necessidades básicas do brasileiro como saúde, educação,
transporte, segurança, moradia, etc.
Porém,
a pior desigualdade da sociedade brasileira não se restringe apenas a desigualdade
de renda. O problema brasileiro não é falta de recursos, mas onde e como ele é aplicado.
Eu me atrevo dizer que esta, apenas é acalentada pela desigualdade
caracterizada pela ignorância e passividade da maioria. Apenas uma porcentagem
reduzida se interessa pelas causas sociais do seu contexto. Em muitos casos por
ignorar os porquês, e, em muitos por pura omissão. Essa é a pior desigualdade.
A
redução das desigualdades se faz sim com dinheiro, mas acima de tudo se faz com
educação. Educação é o colírio que limpa as traves dos olhos, é o farol que
clareia a nossa estrada. Voltemos a um assunto muito comentado pelos colegas no
fórum anterior – escola e família. Com educação a escola passaria a assumir seu
verdadeiro papel social, trazendo para si o compromisso de fazer educação
fiscal transversalmente, mas constante. Educação fiscal é uma excelente
proposta do eixo transversal da matriz curricular do estado de Rondônia.
O problema em si é gerado, como disse acima, quando o conhecimento
desigual faz com que a maioria da população fique alheia a problemas de
interesse dela, deixando quer pela ignorância, quer pela omissão, que aqueles
que dominam pensem e façam por todos o que todos deveriam fazer através de
fóruns, seminários, debates, audiência pública, etc., criando, assim, uma
dependência coletiva na distribuição correta dos recursos fazendo com que a
maioria dos brasileiros seja contemplada com os atendimentos básicos.
A omissão de muitos, talvez, se dê por achar que não paga imposto. Por
não pagar imposto direto tem essa falsa ilusão. Não sabe ele que do imposto
indireto ninguém escapa quando compra o pão, o leite, a roupa, o sapato e por
aí vai.
Quero crer que todas sabem que depois de uma eleição cujos políticos
foram eleitos com a força do grupo coligado, sobra um corporativismo e
influências que nasceram desses acordos feitos entre partidos e grandes
empresas. Estes manipulam recursos para lugares de maior reduto eleitoral e
fazem favorecimentos aos empresários coligados contribuindo para o aumento da
pobreza e da miséria da maioria da população.
Então, qual o papel do Estado brasileiro na promoção da redução das
desigualdades sociais? Educando os brasileiros e fazendo-os mais educados,
críticos e participativos.
Para reflexão concluo com este pensamento de Herbert de Souza, o
Betinho: “Eu preciso participar das decisões que interfere na minha vida. Um
cidadão com um sentimento ético forte e consciência da cidadania não deixa
passar nada, não abre mão desse poder de participação”.
Prof. Carlos.
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