sábado, 20 de julho de 2013

É NECESSÁRIO DETERMINAÇÃO DE TODOS CONTRA A VIOLÊNCIA E INDISCIPLINA NA ESCOLA.



É NECESSÁRIO DETERMINAÇÃO DE TODOS CONTRA A VIOLÊNCIA E INDISCIPLINA NA ESCOLA.

A mídia nacional e a internacional apresentam, constantemente, casos de violência nas escolas. Autoridades da educação (gestores, professores, servidores em geral) e, autoridades de todas as instâncias, bem como os pais e responsáveis, tem que se engajarem no controle da violência e indisciplina nas escolas do Brasil.

A Folha de São Paulo, secundado por vários jornais de grande circulação nacional, num prazo razoavelmente recente, divulgou as seguintes notícias: “três alunos de uma escola pública estadual escreveram no sítio eletrônico da própria entidade educacional as seguintes expressões dirigidas a alguns professores: gordo, corno, idiota, demônio, retardado; professora é espancada por dois estudantes em SP; aluno de 9 anos de idade decepa dedo de professora na porta do banheiro de uma escola; estudante ateia fogo nos cabelos de uma professora, durante a realização de uma aula; e um professor morre baleado na frente dos alunos, no interior de uma escola de Santa Catarina.”¹

Quem não se lembra do massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, em abril de 2011, na Escola Municipal Tasso da Silveira, redundando na morte de 12 crianças entre 12 e 14 anos, e que comprovadamente essa violência foi conseqüência de outra violência na escola – o bullying? Ainda está fresquinho nas nossas mentes o massacre do dia 17 de dezembro de 2012 em uma escola primária na cidade de Newtown, no Estado norte-americano de Connecticut e na região da Grande Nova York, redundando em 20 crianças e 6 adultos mortos.

A violência e a indisciplina nas escolas não param. Se fossemos citá-las, esta matéria ficaria muita extensa!

A partir da constatação da violência nas escolas e da necessidade de melhorar a qualidade da educação, com esta singela matéria objetivamos como educador, despertar a atenção de todos para essa temática – violência contra professores e contra alunos e como atuarmos nessas situações.

Não visamos descaracterizar o ambiente escolar, com a presença da polícia ou da justiça nas escolas. A idéia consiste em despertar a atenção e o engajamento de todos e apresentar um plano de ação, quando ocorrerem os casos de violência e indisciplina. O ideal seria que nas escolas não ocorressem violências e indisciplinas, mas além de agressões a professores

¹ FOLHA DE SÃO PAULO. Cotidiano. Disponível em: http://www.folha.com.br Acesso em: 6 jul. 2012.

e alunos nos deparamos com outros tipos de violências tais como furtos, danos ao patrimônio público, tráfico de drogas, homicídios, etc.

A verdade é que a violência precisa ser enfrentada, principalmente a partir das escolas. Por se tratar de um espaço público privilegiado de formação da cidadania, todos os esforços devem ser direcionados para eliminar e/ou pelo menos reduzir as diversificadas situações dos alunos-vítimas, alunos indisciplinados e alunos praticantes de atos infracionais.

A proposta ora apresentada é singela, mas eficientes. Ei-las:

O Ministério Público deve ser informado de todos os atos infracionais que ocorrerem nas escolas. Não é mais admissível que alunos e professores agredidos não recebam a devida punição.

O Conselho Tutelar deve ser informado de todos os casos em que as crianças e os adolescentes sejam vítimas da família, da sociedade e do Estado. Alunos-vítimas merecem integral proteção, sendo o órgão colegiado forte e suficiente para exigir dos Poderes Públicos o cumprimento da lei e, em casos excepcionais, seja provocado o MP para instaurar o inquérito civil e/ou a ação civil pública.

 A escola deve discutir, elaborar e impor o cumprimento do seu respectivo Regimento Interno e punir os atos de indisciplina.

A sensação de impotência dos professores, diante da violência, deve ser enfrentada, radicalmente. Neste caso ao invés do isolamento deve-se buscar a união e prevalecer o corporativismo. È nojento o fato de alguns colegas não ajudarem e ainda criticarem.

Algumas escolas dão bons exemplos através dos quais superaram vários problemas, a partir das práticas supracitadas  e somada a elas, um arrojado plano de atuação. As escolas que apresentam os melhores índices de desenvolvimento dos alunos possuem algumas características comuns que devem ser imitadas pelas demais escolas.

Primeiro, as famílias participam ativamente do processo pedagógico
implantado.

Segundo, a direção da escola estabelece metas, a curto, médio e longo prazo e luta para que sejam cumpridas. Não deve se intimidar diante dos primeiros questionamentos e criticas, porque elas vêm. Aluno quer ver o circo pegar fogo e ele mesmo sair falando mal.

Terceiro, a sociedade participa ativamente do ambiente escolar. Nem sempre as escolas mais ricas são as melhores. Aliás, as escolas que mais se destacam são escolas localizadas nos bairros mais distantes dos centros das cidades, que souberam transformar paupérrimos ambientes em centros de excelência humana.

Quarto, existe nas respectivas escolas mais bem sucedidas, um diferenciado sistema punitivo interno, que é aplicado, nos casos extremos, com o necessário rigor.

Quinto, a perfeita integração entre as atividades das escolas, da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário eliminarão, integralmente, eventuais focos leves, moderados e graves de violência escolar. Sugerimos que na primeira reunião com os pais, representantes dos órgãos citados estejam presentes e reafirmem seus apoios à escola.

Com a adoção de tais medidas, não temos dúvidas que a qualidade da educação melhorará sensivelmente, uma vez que reduzir a indisciplina e a violência constituem um dos primeiros passos na busca da educação de qualidade para todos.

Enfim, é necessário cumprir a lei.
                Colaboração do NAC/Costa Marques/prof. Carlos Alberto

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