A arrecadação dos
municípios no que se refere aos repasses federais caiu substancialmente em
2013. Os prefeitos reclamam da diminuição:
- do fundo de participação dos municípios (FPM) em função da isenção fiscal sobre o IPI;
- dos apenas 3 bilhões de reais anunciados pela presidente Dilma, na marcha dos Prefeitos que aconteceu em julho em Brasília, para ser divididos para os mais de 5 mil e quinhentos municípios e,
- da política fiscal do governo, onde a União fica com 70% de todos os impostos recolhidos, deixando o restante para ser rateado entre os municípios.
A isenção fiscal se deu com
a desoneração do imposto sobre produtos Industrializados (IPI) como geladeira,
fogão, máquina de lavar, entre outros chamados de produtos da linha branca. A
desoneração afetou duramente o valor do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM), além do valor do repasse se dar fatiado nos dia 10, 20 e 30 de cada mês
de acordo como vão caindo o IR e o IPI.
Os 3 bilhões para ser
rateado entre os municípios não é obrigatório o repasse, foi uma promessa da
presidente por causa da pressão dos prefeitos, o que significa dizer que ela
cumpre se quiser, não há obrigatoriedade legal como tem o FPM que é amparado
pela Constituição Federal no seu Art. 159 que diz que das arrecadações dos
impostos do IR e IPI 22,5% tem que ser repassado para os municípios. Há uma
forte suspeita de que, com as medidas previstas por causa das manifestações, a
presidente não faça os repasses previstos para acontecerem em duas parcelas,
uma agora no meado de 2013 e outra em 2014, que não é muita coisa. Municípios
pequenos como Costa Marques, não passa de 150 mil reais cada parcela. Trata-se
de uma pequena compensação da redução do FPM.
Quanto da arrecadação
total a União só repassar 30%, não obstante reivindicações dos prefeitos para
aumentar, é uma utopia porque para isso teria que mexer na máquina da união,
isto é, executivo, legislativo, judiciário e todas as pastas. Não há esse
interesse da presidente e menos ainda dos segmentos da máquina em ficarem com
menos recursos.
Os prefeitos têm que ser
muito safos e possuir uma equipe sábia para administrar suas prefeituras. Mesmo
aqueles prefeitos de municípios que tem uma boa renda própria, precisam de
prefeitos inteligentes e equipe sábia e comprometida com a população.
Acontece que muitos, como
aconteceu em Costa Marques, totalmente ignorantes do funcionamento da
administração pública, não fizeram um estudo prévio das reais condições e foram
admitindo, distribuindo portarias, pagando débito do passado, não foram havidos na firmatura de novos convênios e
facção de novos projetos. Nestes casos a coisa está como um câmbio que engatou
a marcha na ladeira. Para frente não tem como ir. Vai despencar despenhadeiro
abaixo. A GIRIPÓCA ESTÁ PIANDO!!!
Prof. Carlos.